Alzheimer: o que é? Sintomas e como prevenir
- Memórias em Sintonia
- 22 de ago. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de set. de 2022

O Alzheimer é um tipo de síndrome demencial, que está diretamente relacionado com perdas severas de memória, raciocínio e inadequação de comportamentos. Uma notícia lançada pelo JN em 2009 indicava que eram mais de 90.000 os indivíduos afetados por esta demência em Portugal e que os números tendem a duplicar nos próximos 30 anos. Falam estudos mais recentes acerca da prevalência desta doença na população Portuguesa , embora este síndrome demencial esteja a ser alvo de profundas investigações em todo o mundo, sendo um dos principais focos das investigações neurológicas relacionadas com o envelhecimento.
O Alzheimer, como qualquer outra demência, é causado pela degeneração de células cerebrais, desenvolvendo sintomas que se vão acentuando ao longo do tempo, até ao ponto de interferirem com as atividades de vida diária do utente. É uma demência que causa particulares incómodos na família e nos cuidadores informais.
Leitura recomendada: cuidadores e a gereatria - o que é um cuidador?
Algumas informações sobre o Alzheimer
é uma das principais "formas de demência", representando entre 60% a 80% destes casos
está associado a um declínio constante - quer isto dizer que é uma doença progressiva que piora gradualmente ao longo do tempo, apesar de todas as abordagens terapêuticas que o corpo clinico poderá ter
o alzheimer não tem cura, mas existem tratamentos cada vez mais eficazes que poderão ajudar a atrasar o declínio do utente
o alzheimer não é "normal" no envelhecimento - o envelhecimento não é significado de alzheimer, apesar da idade ser o maior fator de risco conhecido. Também existe o risco de pessoas com idade inferior a 65 anos terem Alzheimer e existem, naturalmente, casos reportados em Portugal
Principais sintomas do Alzheimer
Normalmente, salvaguardando que cada caso é um caso, os primeiros sintomas do Alzheimer são a perda de memória a curto prazo, ou seja, a dificuldade em recordar informações recentemente adquiridas. Isto causa no utente alguma confusão e pode levá-lo a repetir questões inúmeras vezes, pelo facto de te não ter capacidade de memória a curto prazo. Isto acontece porque, no caso deste síndrome demencial, a degeneração das células cerebrais acontece primeiro na zona do cérebro que afeta a aprendizagem.
A progressão da doença. no entanto, leva a outros sintomas que se manifestam de forma severa e cujo desenvolvimento pode ser muito rápido:
desorientação e confusão
mudanças no humor e comportamentos
confusão e dificuldade em recordar datas, eventos, as horas e os dias
criação de suspeitas sem fundamento acerca da sua família e dos seus cuidadores
dificuldade em comunicar, engolir e caminhar
Detectando Alzheimer
Devido à natureza desta doença, a sua detecção não é realizada pelo próprio demenciado mas sim pelos cuidadores e a família. Quando os familiares reconhecem alguns dos sintomas e "desconfiam" de Alzheimer, recomendamos que agilize a marcação de uma consulta médica assim que possível.
Diagnosticando o Alzheimer
Não existe um teste objetivo ou biológico que permita fazer o diagnóstico do Alzheimer.
O diagnóstico desta demência, ou qualquer outra, é realizada por médicos especialistas após realização de exames físicos, exames neurológicos, avaliação do historial clínico do utente, avaliação da progressão dos sintomas, entre outras avaliações. Existem ferramentas e instrumentos próprios que permitem o profissional ter uma ideia do estado de saúde mental do utente, mas o diagnóstico não é imediato nem simples de ser realizado.
Tratamentos para o Alzheimer
O Alzheimer, como indicado anteriormente, é um síndrome sem cura associada. A morte das células cerebrais é um processo não reversível. No entanto, as opções terapêuticas cada vez mais disponíveis permitem ao utente controlar os sintomas, atrasando o aparecimento de novos sintomas, mas nunca controlando totalmente a doença.

Prevenindo o Alzheimer
Sendo naturalmente focados na prevenção e na educação, recomendamos que sejam adotados determinados estilos de vida pelo adulto que possam ajudar a diminuir a incidência de síndromes demenciais, como o Alzheimer.
Evitar riscos cardiovasculares - para isso não deverá fumar, evitar ingestão de bebidas alcoólicas, manter o colesterol e a tensão arterial controlada e manter um peso saudável
Ter uma alimentação saudável - a dieta Mediterrânea, com o azeito como principal fonte de gordura, rica em vegetais e frutas e com ingestão controlada de laticínios pode ajudar a combater o envelhecimento cerebral
Estudos sugerem que indivíduos que ingerem mais de 2.100 calorias por dia duplicam o risco de diminuir a sua capacidade cognitiva
Instituir rotinas de exercício físico diário ou semanal, conforme indicações do médico especialista
Manter a mente ativa - realizando atividade profissional o mais tempo possível, ter hobbys indicados para a estimulação cognitiva, são exemplos de como pode manter o seu cérebro ativo por mais tempo
Para concluir, recomendamos que mantenha o seu coração saudável para ajudar a manter o seu cérebro saudável. Prevenir não tem custos, já o diagnóstico do Alzheimer tem custos financeiros e especialmente emocionais muito grandes para a família e cuidadores.
Previna-se, é a nossa recomendação!
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